Veleiro de 33 pés que desceu o Brasil para fazer das águas catarinenses o porto de partida e daqui singrar outros tantos mares
13 de mar. de 2010
A NADA AGRADÁVEL SURPRESA
Em meio às chuvaradas constantes em Florianópolis, conseguimos uma semana de sol no início de fevereiro e nos mandamos pela baía sul até a Ponta do Papagaio. O lugar é lindo, a água transparente, embora gelada, a paisagem ao amanhecer e no final da tarde igualmente delicadas. Não fosse um débil mental no início da manhã de domingo que nos acordou pelas 6h com seus auto-falantes explodindo o extremo mau gosto dessa infelicidade funk-axé-pagode-eletrônica-sei lá mais o quê. Tão desrespeitoso o sujeito que levantamos âncora sem o agradável café a bordo. Chuvas outra vez, contratempo na mangueira do abafador do volvo, resolvido depois de alguns dias. Mas nada semelhante ao que nos invadiu, ao que nos deixou indignados e de cara, fato ocorrido há alguns dias, nosso barco foi arrombado na marina de Santo Antonio de Lisboa, várias coisas perdemos, eletrônicos, roupas de chuva, equipamentos de mergulho, óculos de sol, estoque de comida, roupas e outros. Para completar o nonsense, o dono da marina, resolveu tirar o dele da reta e não se responsabilizou por nada, o local não tem segurança de noite, pois segundo ele mesmo falou, teria custo muito alto, assim nos deu a alternativa cínica, se quiséssemos ressarcimento, teríamos de lá sair. Detalhe, em Florianópolis não tem onde deixar um veleiro em condições dignas como as encontradas nos clubes em POA. Há o clube Veleiros da Ilha, mínimo, precário e sem vaga, título exorbitante, na promoção por R$ 50000,00; há a marina Sea Scape no continente, de boca aberta para o nordestão, avariando constantemente os barcos e seus estaiamentos e estrutura; e a marina de Santo Antonio, abrigada do nordeste, lugar bonito, mas administrada por mais um daqueles que, como milhares em nosso país, já não se responsabiliza por mais nada. Saudades dos clubes náuticos de POA!
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